sábado, 13 de setembro de 2008

QUANDO ESTIVE NA ETA


Havia uma mesa grande ao lado da entrada do portão de uma empresa. Eu e várias pessoas estávamos almoçando nesta mesa. Nisto chegou uma pessoa e começou a chamar meu irmão, o Tonhão, para uma briga. O Tonhão saiu da mesa e fui brigar com ele. Os dois davam murros um no outro, mas não acertavam, pois sempre se desviavam. Nisto eles foram entrando pelo portão desta empresa. Alguém disse que não podia entrar para brigar lá dentro. Mas eles continuaram e foram cada vez mais pra dentro da empresa. Chegaram na ETA, da Pains, onde eu já tinha trabalhado, quando tinha 14 anos. 


Era noite. Uma mulher me pediu para pegar uma amostra para ela no pavimento de baixo da ETA. Eu fui indo por um dos corredores do lado de fora, que tem lá. Quando cheguei na ponta de um destes corredores, vi um homem e um menino lá em baixo. Então o tal homem começou a gritar “é ele” “é ele”. E começou a me atirar pedras. Sai correndo, dizendo que não era eu. Mas ele continuou a tacar pedras em mim. Nenhuma me acertava. Então desci uma escada tipo marinheiro, fui para o pavimento de baixo e fui procurar a entrada principal da ETA. Na frente da ETA, eu não conseguia ver qual caminho deveria seguir, pois tinha muitas árvores e ficava um pouco distante da entrada. 


Havia várias pessoas passando por ali. Eu fui indo, até que cheguei numa rua onde tinha um tijolo de cerâmica, em pé, no meio da rua. Nisto ouvi um estalo e o tijolo caiu. Sai correndo dali e desconfiei que pudesse ter sido um tiro. Nisto vi o caminho que dava até a entrada da ETA. Quando fui seguir por este caminho, ouvi uma voz que eu já conhecia e não gostava de ouvir. Não entendia o que estava sendo dito. Olhei para o lado e vi um homem vestido tipo caubói, com bota, chapéu e dois revólveres na mão. Percebi que aquela voz era do homem que queria me matar. 


Sai correndo para dentro da ETA. Quando entrei disse para a moça que estava lá, que tinha um homem atirando em mim. Ela disse que sabia quem era e me perguntou se eu tinha trago à amostra que ela pediu. Eu procurei e a amostra estava no bolso da minha camisa. Eu entreguei a ela a amostra e fui ate a porta, abri devagarzinho, para ver se o tal homem tinha ido embora. Quando abri um pouquinho, ele deu outro tiro, acertando o beiral da porta. Fechei a porta e disse para a tal mulher, que ali ele não me acertava.




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