quarta-feira, 5 de maio de 2010

OS BARRIS DE PÓ DE CARVÃO


Estava dentro de um pequeno galpão. Era um galpão de siderurgia, que servia de depósito de pó de carvão. Era todo fechado e tinha apenas uma pequena porta. Havia pó de carvão por todo lado. Eu estava deitado de costas, em cima de um pequeno monte de pó de carvão. Ao meu lado havia dois barris que estavam cheio de pó de carvão também. Havia numa das paredes, ao lado de onde eu estava deitado, uma armação de ferro. Nisto chegou um homem com duas crianças bem pequenas e subiu por esta armação, até chegar numa pequena plataforma feita de chapa de aço. Ele então mandou que as crianças pulassem dentro do barril com pó de carvão. 


Com medo das crianças caírem na minha barriga, comecei a me arrastar, saindo de perto dos barris. Mas eu não tinha força suficiente. Quanto mais força eu fazia, mais ficava cansado e quase não saia do lugar. Nisto a primeira criança pulou, acertando em cheio o barril. Ela sumiu no pó que havia no barril. Ao cair lá dentro, levantou muita poeira de carvão. Fui me arrastando com toda dificuldade, para fugir do pó, que havia se espalhado no ar. Nisto a segunda criança pulou, bem em cima da minha barriga. Dei um grito de dor. Com a queda dela em cima de mim, afundei no monte de pó de carvão, onde eu estava deitado me arrastando. 


Então não vi mais nada. Lembrei da criança que tinha afundado no pó dentro do barril. Queria levantar para ir salvá-la. Mas não conseguia e também já não via mais nada. Nisto fiquei com falta de ar. Queria respirar, mas não conseguia, só engolia pó de carvão. Sem forças e engolindo pó de carvão, pensei: __Há, o jeito é desisitir mesmo.

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