domingo, 27 de novembro de 2011

FIM DE SEMANA NO SÍTIO




Eu não queria ir  passar o final de semana no sítio, eu nem gostava do campo, mas o que aconteceu lá, mudou minha opinião.
Estava em um carro, juntamente com três pessoas, indo para um sítio. O sítio era do dono do carro. Havia outro carro que vinha atrás, com mais quatros pessoas. Era sexta feira e a gente ia ficar até domingo neste sítio. Eu não queria ir, porque não gosto de sítio, fazenda e similares. Gosto de cidade mesmo. Mas este colega meu, que ia comigo, tinha insistido para eu ir, que acabei indo. Chegando neste sitio, não vi nada além de duas casas e muito mato. 

Já fiquei entediado só de imaginar como seria quando o sol se pusesse no horizonte, porque à noite no mato, eh um verdadeiro tédio. Nisto o dono do sítio disse que eu dormiria na casa de baixo, juntamente com outra pessoa. Ele e outros cinco ficariam na casa de cima. Já imaginei que estava sendo discriminado. Jogado na casa de baixo, que era um casebre, enquanto os outros ficavam na casa principal. O dono do sítio disse que não tinha cama para todos na casa de cima, por isto dois ficariam na casa de baixo. Fiquei imaginando, sobrou pra mim.
A casa de baixo deveria ter sido um antigo depósito. Só tinha um quarto e a cozinha. O banheiro ficava do lado de fora da casa. Sem sala, sem TV, Sem som, sem vídeo game, resumindo, era só um dormitório mesmo. A pessoa que foi comigo para este casa de baixo foi usar o banheiro e constatou que não tinha água. Foi falar com o dono do sítio. 

Ele foi até a roda d'água e disse que a bomba carneiro não estava mandando água, que deveria ter entrado ar na mangueira, mas ele só poderia consertar no outro dia, porque a noite era complicado. O bom era que a gente precisava ir pra casa só na hora de dormir. Até este momento a gente ficava com toda a turma na casa de cima ou andando pelo pomar em busca de alguma fruta.
A noite até foi tranquila, sem insetos, um friozinho até bom e acabou que dormi muito bem e só acordei quando vieram me chamar para o café da manhã. Quando fui tomar café, o dono do sítio já tinha tirado o ar da mangueira e já tinha água na casa onde eu dormia. O caseiro do sítio e sua esposa já tinham feito pão de queijo, bolo, e biscoitos.


Tinha queijo e frutas. O café da manhã estava muito bom, confesso. Não sou muito fã de sítio, mas confesso que tomar um café da manhã vendo apenas paisagens lá fora, tem um outro significado. Eh muito diferente que fazer isso na cidade. Pra quem gosta de tomar uma cerveja (eu não gosto de cerveja) o dia deve ser curto, porque ficam o dia todo na cerveja e no churrasco, ou dormindo.
E assim foi o sábado. Muita conversa, muita cerveja, muita comida, muito banhos na piscina natural formado pelo córrego que passa no sítio, gente tirando uma soneca pra todo lado, micos vindo roubar jabuticabas e vários pés de mexerica carregados e eu chupei muita mexericas. De tardinha vi algumas vacas passando próximo a casa central. Eu perguntei ao dono do sítio, só para puxar conversa mesmo, quem era o dono da fazenda onde as vacas estavam. 
Ele respondeu que era ele. Mas eu indaguei se ali não era um sítio. Ele disse que sim, mas foi comprando terras ao redor e hoje era dono de toda a terra em volta. Ele não quis desmanchar as casas porque foi ali que ele tinha começado a gostar de fazenda. Disse que tinha um casarão com vários cômodos na sede da fazenda, mas era ali que ele gostava de ficar com os amigos. Achei legal a atitude dele.  
Domingo não foi muito diferente, com churrasco, cervejas e apareceram ali algumas garotas para tomar banho na piscina natural. Eram as filhas do caseiro e suas amigas. Elas tinham o costume de tomar banho ali. Fizemos amizades com elas e com isso alguns de nós passamos boa parte do domingo na piscina com as garotas. Foi muito legal e bem diferente do que eu imaginava. Acabei que gostando de estar ali no sítio naquele final de semana. E antes do sol se por, viemos embora com a promessa de que voltaríamos, era só nos convidar.

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