domingo, 22 de junho de 2014

A MÁQUINA QUE CONTROLA O UNIVERSO







Estava no meu quarto do apartamento onde moro. Havia duas camas ali. Em baixo de uma cama vi um relógio dourado que nunca tinha visto. Em baixo da outra vi uma chave de carro. Eu peguei a chave. Cheguei à janela do meu quarto, olhei lá em baixo, vi um homem encostado na parede de uma casa. Desci do meu apartamento, fui até o homem que estava encostado na parede e entreguei a ele a chave que havia pegado debaixo da cama. 

Ele que tinha que pegar o carro, encher o tanque e depois levar o carro ao local combinado. Dei a ele 100 reais, com o qual deveria abastecer o carro.
Este homem pegou o dinheiro e foi embora sem questionar nada. Voltei para meu quarto e comecei a subir as escadas, porém as escadas não tinham fim. Fiquei furioso com aquilo e instantaneamente me dei conta que estava em frente da porta do quarto.
Ao abrir, ao invés de estarem as duas camas, havia uma avenida enorme e vazia. Vi o carro que pedi para ser abastecido, parado na esquina. Fui ao encontro dele quando percebi que os prédios eram tortos, faziam ziguezagues impossíveis e perto de meus pés o relógio dourado.



Olhei as horas e eram 11 horas e 11 minutos. Achei estranho, porém, guardei o relógio no bolso e prossegui para o carro.
Chegando ao carro, lembrei que eu tinha que buscar o almoço. Mas como eu não tinha certeza se o restaurante estava aberto. Sai com o carro para ver se já tinham aberto. 




Quando sai, as ruas tinham apenas 3 metros de largura, a conta de um carro passar. Havia casas de um lado só, mas estas casas eram pequenas e só tinham a frente. Eu deveria ir reto, mas virei à direita indo ao sentido errado e fui subindo as ruas, já que uma rua ficava a uns 10 metros acima da outra, todas com 3 metros de largura e fachada de casas bem pequenas de um lado só. 




Nisto cheguei na última rua, então percebi que tinha ido para o lado errado. Então vi que não tinha trago às marmitas e que deveria voltar para buscá-las. Larguei o carro ali e fui a pé.  Fui indo por esta última rua. Pouco à frente vi três cachorros. Percebi que eles iriam correr atrás de mim, sai correndo. Eles começaram a me persegui. Mais à frente vi dois cachorros. Então imaginei que eles não iriam deixar os outros cachorros passarem por ali e assim eu passaria sem problemas. E isto aconteceu.
E finalmente entendi o propósito daquilo, o meu relógio dourado era o que controlava o tempo entre os mult-universos. Era por isso que ao mesmo tempo em que estava com fome, estava andando de carro, fugia dos cachorros, estava dormindo e fazendo infinitas coisas.
Mas aquela situação me deixava desconfortável e nem percebi que pequeninas aranhas subiam pelas minhas pernas. Não conseguia me mexer e elas tomaram conta de todo o meu corpo.




Quando estava quase morrendo sufocado, uma torneira se abriu no céu e uma enxurrada de água fria caiu sobre mim, me livrando das aranhas, mas devido à enxurrada, o meu relógio dourado foi indo embora pelo meio fio. Corri para pegá-lo, mas quanto mais eu corria, mais longe ele ficava.
Até que desapareceu num bueiro. E quando isto aconteceu me vi de volta em meu quarto. Mas não havia mais duas camas, e sim, somente uma. Fui até a janela e vi o carro lá em baixo, como se nunca estivesse saído dali. 




Corri para olhar em baixo da cama, qual foi minha surpresa.
Lá estava o relógio dourado marcando várias horas. Eram horas dos vários mult-universos, das várias situações que poderia fazer ou deixar de fazer. Fiquei emocionado com aquilo, pois sabia que minhas muitas vidas estavam fazendo coisas diferentes e assim eu seria uma pessoa completa.



Uma buzina tocou, era o carro lá em baixo me lembrando que estava atrasado para o trabalho. Corri feito louco e esqueci minha marmita. O carro estava sem gasolina.
Ei espera ai! Essa história parece que já tinha acontecido.
Ah, sei lá





DA JANELA DO TREM VOCÊ PODE CONHECER O MUNDO

CORTEZ

quinta-feira, 19 de junho de 2014

A CRIANÇA E O SAQUINHO DE PIPOCA DOCE







Estava em um local próximo a uma ponte e a nossa casa. Estava carregando uma criança de colo e pedi ao Jorge para comprar dois reais de saquinhos de pipoca doce. Também pedi para ele comprar outros dois reais de pacotes de café solúvel. Dei a ele quatros reais em moedas, sendo que uma era de um real e as outras de dez centavos.

Fui andando perto desta ponte, que na verdade era bem baixa, tinha corrimão, tinha uns cinco metros de comprimento e um metro de largura e era em curva. Ela só servia para atravessar um pequenino riachinho.
Quando fui chegando perto da ponte o Jorge veio me entregar o que tinha comprado. Me entregou um saco grande cheio de saquinhos de pipoca doce. Tinha muita pipoca ali. Perguntei a ele como dois reais tinha comprado tanto saquinho de pipoca, pois ali deveria ter uns cem saquinhos. 

Ele disse que cada saquinho tinha custado só cinco centavos. Este saco que continha os saquinhos de pipoca estava rasgado em sua lateral, mais ou menos na parte do meio.
Para carregar aquela criança de colo e o saquinho ao mesmo tempo, sem deixar que os saquinhos de pipoca caíssem, tinha muita dificuldade. Fui atravessando a ponte e fui em direção a nossa casa. Não deixei nenhum saquinho de pipoca cair. A criança que estava em meu colo, dormia recostado em meu ombro. 



Chegando em casa lembrei que tinha pedido ao Jorge para também comprar café solúvel e ele não tinha me entregado o café. Voltei para procurar o Jorge, com a criança dormindo em meu colo e carregando o saco que continha os saquinhos de pipoca doce.








CONHEÇA O MUNDO OLHANDO DA JANELA DO TREM

CORTEZ

quarta-feira, 18 de junho de 2014

A TATUADORA





Estava em uma rua quando uma garota se aproximou de mim. Ela era muito bonita. Disse que era tatuadora e perguntou se eu não estaria interessado em fazer uma tatuagem. Não gostava de tatuagens, mas parecia que vendo a beleza dela, não conseguia dizer não. Assim fui até o local onde ela tatuava, que era em um edifício.

 



Subimos até o andar dela e entrei em uma sala onde havia algumas pessoas e uma parte desta sala estava cercada por cortinas. Entrei nesta parte da sala cercada de cortinas, onde havia uma cama de solteiro. Sentei nesta cama e a tal mulher pediu para eu assinar o termo de responsabilidade em duas vias, confirmando que eu queria mesmo fazer a tatuagem. As duas folhas estavam em branco com os espaços para serem preenchidos.
A mulher disse que eles iriam preencher com meus dados depois. Assinei as duas folhas, pois estava encantado com a beleza da mulher. Depois tirei a camisa e deitei nesta cama. Ela olhou meu peito e chamou um homem que estava ali para ver a pinta que eu tinha no peito. O tal homem olhou bem de perto e disse que a pinta tinha o formato do estado do Mato grosso.

Ele saiu e entrou outro homem que ficou dançando ali na nossa frente. A tal mulher disse então para ele sair porque ainda não era para ele entrar. Algumas pessoas abriam aquela cortina e entrava e saiam dali, sempre conversando. A mulher que iria me tatuar, ficava fechando a cortina, mas sempre vinha outro e abria. Esta tatuadora subiu na cama para tatuar o meu peito. Eu só conseguia ficar olhando para ela e sorrindo.

Nisto vi que bem próximo da cama onde eu estava, tinha uma atendente e pouco mais a frente tinha outra. Então, parei de olhar para a mulher e reclamei que tinha pessoas observando eu fazer a tatuagem e não estava gostando disto. A mulher disse que não tinha problemas, mas eu não quis fazer a tatuagem com pessoas olhando e levantei da cama dizendo que iria embora. 



A mulher então pegou as duas folhas que eu havia assinado e que já estavam preenchidas dizendo que eu tinha assinado era uma nota de dívida. Em uma estava escrito que eu devia 48 reais e na outra eu devia 379 reais. Coloquei a mão no bolso de trás, para ver se minha carteira esta ali e se não tinham pegado ela.
Estava com a carteira. Disse a eles que não pagaria nada e que estava indo embora. Quando fui sair, não tinha maçaneta na porta para abri-la. Um dos homens que estavam ali disse que eu não sairia dali sem pagar. percebi então que tinha sido uma armação da mulher juntamente com aquelas outras pessoas. 



Fiquei procurando outra porta, mas não encontrava e não conseguia sair dali. Eu dizia que queria ir embora, mas eles diziam que sem pagar as duas notas, eu não sairia dali. Então eu disse que iria morar ali, pois não pagaria. A tal mulher disse então que eu seria mais um morando ali.




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A TATUADORA

Estava em uma rua quando uma garota se aproximou de mim. Ela era muito bonita. Disse que era tatuadora e perguntou se eu não ...