quarta-feira, 12 de outubro de 2011

DE CARONA PARA O RIO DE JANEIRO


Estava indo por uma rua quando ouvi alguém dizer que iria para a cidade do Rio de Janeiro. Fui até esta pessoa e perguntei se ela me dava uma carona. Ela disse que sim e fomos até o carro dela, que era um carrinho, tipo aqueles bugre de praia. Só que era menor ainda e tinha apenas os dois lugares, do motorista e carona. Entrei neste carrinho e a tal pessoa foi dirigindo o mesmo, até chegar num local que parecia uma madeireira. Este cara desceu do carro, tirou alguns tocos de árvores, que deveriam ter uns 50 centímetros de comprimento e jogou no chão, perto de outra pessoa. Saímos dali e ele entrou com o carrinho num prédio, dirigiu pelos corredores até que parou na porta de uma sala. 


Disse que iria pegar o dinheiro da viajem. Depois saímos em direção da cidade do Rio de Janeiro. Chegando ao Rio de Janeiro, fiquei numa das ruas da cidade. Via uma ou outra pessoa passando ali e nenhum carro. Sai andando e pensando comigo mesmo, o motivo que tinha me levado ir até o Rio, tão repentinamente e sem falar com ninguém. Fiquei meio que arrependido por não ter dito a minha família que iria até o Rio. Depois fiquei pensando que poderia ter trago outra pessoa que queria vir também. Mas acabei por dar razão a mim mesmo, porque tinha ido até o Rio de Janeiro, pagar umas dívidas. 


Não queria que imaginasse que eu estava fugindo de algo. Mas fiquei pensando que todos poderiam pensar que eu tinha fugido de minha cidade para o Rio. Fiquei andando pela rua, ora pensando no que fiz ter sido errado, ora acreditando estar certo por ter ido ao Rio de Janeiro sem falar nada com ninguém. Depois conclui que o Rio de Janeiro ficava tão perto de minha cidade, que não foi uma fuga, por assim dizer.



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