quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

E SE EU COMPRASSE?

















Estava chegando ao que seria a casa da minha mãe. A rua era muito larga. Passei direto da casa da minha mãe e depois de andar uns trinta metros mais ou menos, cheguei a uma vala que tinha uns cinquenta centímetros de fundura por uns quatro metros de largura e de comprimento não sei precisar. Dentro desta vala funcionava o supermercado ABC, Só que em céu aberto, como se fosse uma feira livre. 

Olhando a gôndola de laranjas, vi ao lado desta, algumas mulheres cortando frango e ensacando os pedaços e colocando em outra gôndola. Uma destas mulheres perguntou se eu queria levar frango. Disse que não e continuei olhando as laranjas. Quando fui saindo dali, outra mulher que também cortava frango, disse que depois que trocaram o gerente, eu só entrava ali para comprar laranjas. Sai daquela vala para o outro lado pensando comigo mesmo, que eu nem sabia quem era gerente do supermercado quanto mais se haviam mudado de gerente. 


Havia ali do outro lado um banco tipo estes que ficam em estações ferroviárias. Sentei neste banco e fiquei imaginando se eu comprasse todos os supermercados ABC. Imaginei chegando naquele supermercado dizendo que eu tinha comprado e que eles me veriam ali todos os dias. Mas nada ia mudar. Tudo ia continuar como antes. Imaginando em pé ali, olhando o supermercado que então seria meu, tive meu pensamento interrompido pelo Cândido que me gritou do portão da casa da minha mãe. 



Ele estava com uma criança que deveria ter uns três anos. Levantei e ele então disse que iria me esperar na sombra do muro. Disse que era para eu colocar o boné, para ele saber que era eu. Então atravessei aquela vala correndo e fui até a casa da minha mãe. Quando abri o portão vinha saindo umas seis pessoas de gravata e paletó nos ombros. Fiquei pensando o que estariam fazendo aquelas pessoas ali. Quando eles saíram, e eu entrei, vi que minha mãe tinha transformado o alpendre de nossa casa em um pequeno restaurante de comida caseira. 



Havia ali uma grande mesa onde meu pai estava sentado à cabeceira e na lateral tinha três crianças, todos almoçando. Minha mãe estava de pé do lado do meu pai e falava muito. Não entendia o que ela dizia. Então disse a minha mãe que tinha ido ali só para pegar o boné e já estava indo embora. Pedi benção a ela. Ela respondeu e continuou falando com as crianças. Falava rapidamente e sem parar. Sai dali e fui encontrar com o Cândido na sombra do muro.






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