Estava vindo por uma rua, caminhando no passeio, quando vi a minha frente um casal de idosos de braços dados. O homem andava com a cabeça baixa e fumava. A mulher ao seu lado tinha a visão voltada para frente. Quando passaram por uma casa de grade, onde uma criança varria o jardim, o homem jogou o cigarro dentro desta casa, bem próximo ao garoto que varria o chão. O garoto apenas olhou para o homem e nada fez.
Depois de andar um pouco, eu ainda atrás do casal de idosos, vi que estávamos no mesmo passeio e no mesmo lugar que antes, como se fosse um Déjavu. Ao passar pelo garoto varrendo o jardim, o homem jogou o cigarro próximo ao garoto, que desta vez reclamou, pegou o cigarro e foi devolver ao homem que o tinha jogado. Quando o garoto saiu desta casa e reclamou com o idoso que caminhava de braços dados com uma mulher, alguém de dentro da casa gritou para ele não fazer isto.
O garoto então voltou para sua casa e o casal de idoso também entrou na casa. Vendo aquilo, entrei também. Naquela casa, na frente dela, funcionava um pequeno restaurante. O casal de idosos foi até o caixa e uma mulher que estava um pouco afastada disse ao idoso para ele não ficar jogando cigarro acesso porque poderia queimar alguém. O idoso próximo ao caixa, de cabeça baixa, disse que ele fazia aquilo porque era sozinho e não tinha ninguém que gostasse dele.
A mulher do restaurante nada disse. Fiquei olhando e imaginando o quanto seria ruim mesmo ser sozinho e sem amigos.
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IRMÃOS
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