Estava dirigindo o carro da Engequisa por uma rua de uma cidade que não sei qual era. Estava anoitecendo. Dirigia por esta rua que era uma subida. Chegando ao cruzamento com uma avenida, parei o carro esperando os carros da avenida passarem para prosseguir. Nisto parou atrás de mim um fusca velho. Fui acelerar para atravessar a Avenida, quando veio um carro rapidamente.
Pisei no freio para esperar que ele passasse. Mas o freio não pegou e o carro que eu dirigia foi voltado. Tentei pisar várias vezes no freio, mas ele não funcionava. Nisto o carro bateu levemente no fusca que estava atrás de mim. O motorista do fusca, que era uma pessoa mais velha, saiu do carro, passou por mim e foi até a esquina e conversou com um homem que estava ali. Continuei dentro do carro até que o motorista do fusca voltou. Ao passar por mim, perguntei se tinha estragado o carro dele. Sai do carro e fui ver.
O motorista do fusca disse que não tinha acontecido nada. Olhei e vi um pedaço da frente do fusca no chão. O fusca era muito velho. Então o motorista do fusca foi tirando vários pedaços do fusca até que ele ficou como um bugre. Aqueles carros de andar na areia. O motorista subiu no para-choque traseiro deste fusca/bugre e pediu que eu o levasse até Belo Horizonte. Mas ele queria ir ali atrás, em cima do pára-choque traseiro.
Disse que não levaria não. O tal homem que ele conversou na esquina disse que era perigoso, porque teria que passar pelo posto policial e eles poderiam prender ele e o carro. O motorista disse que quando fosse passar pelo posto, ele entraria no carro e depois voltaria para o pára-choque novamente. Mas eu disse que não o levaria. Entrei no carro da engequisa, atravessei a avenida e fui por uma rua estreita e em curva.
Fiquei pensando que o motorista do fusca poderia chamar a policia, dizer que eu havia batido nele e fugido. Eu não teria como provar o contrário. Lembrei então que se isto acontecesse o tal homem que estava ali poderia ser minha testemunha. Era só eu descobrir quem ele era.
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