sexta-feira, 26 de abril de 2019

A CASA MISTERIOSA





Estava vindo com uma pessoa por uma estrada que levava até um casarão que ficava afastado da cidade. Quando a gente aproximava da casa, vimos dois porcos grandes correndo em nossa direção. Com medo deles, saímos correndo e entramos na casa pouco antes dos porcos alcançarem a gente, e fechamos a porta que era feita de tábuas de madeira.

Esta casa ficava um pouco acima do nível do chão e por isso tinha uma escada de uns cinco degraus até a porta. Esta casa era quadrada e os fundos era igual a frente da casa. Dentro da casa pude olhar pelas frestas da madeira da porta os dois porcos no pé da escada, sentados igual cachorro. Eles não subiram as escadas e ficavam olhando fixamente para a porta.

Disse para a pessoa que estava comigo que a gente deveria sair pelos fundos e assim os porcos não veriam a gente. Quando fomos até a porta dos fundos que era igual a porta da frente, vimos pelas frestas da madeira os dois porcos sentados lá. Voltei até a porta da frente e os dois porcos estavam lá também. Fiquei pensando que eles não poderiam ser tão rápidos assim para ir de um lado ao outro antes de mim.


Nisto começou a ventar muito forte e o vento começou a soprar na porta com muita força. Fazendo isso, o meio da porta começou a ceder e vir para frente como se fosse feita de pano, ficando presa apenas pelas dobradiças e pelo trinco. Esta porta já estava para se romper de tanto estufada que estava com o vento. Então chamei a pessoa que estava comigo para saímos correndo pela outra porta porque aquela porta da frente ia se romper e os porcos iriam entrar.


Quando fomos para a porta dos fundos, vi que estava acontecendo a mesma coisa com a porta da frente. Ela já estava muito estufada com o vento e quase se rompendo como se fosse porta feita de pano. Eu não sabia se os porcos ainda estavam lá, pois quando a porta estufou como se fosse pano, ela ficou branca e parecendo ser feita de lençol e não dava para ver do outro lado.


Fiquei pensando como o vento podia soprar tão forte em duas direções opostas, no mesmo lugar, e ao mesmo tempo. Não fazia sentido pra mim. Imaginei ser aquele lugar uma espécia de triângulo das bermudas da terra, igual ao que tem no mar. Então disse para a pessoa que estava comigo que nos restava esperar para ver o que ia acontecer. 
Ficamos ali assistindo o vento tentando romper a porta, mas sem conseguir.


CONHEÇA O MUNDO OLHANDO DA JANELA DO TREM


CORTEZ - A MÁQUINA

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