domingo, 14 de julho de 2019

A TRAVESSIA





Era noite. Estava no que seria a travessia da linha do Bairro Esplanada para o Centro. Estava com a Paula, O Ricardo e outras pessoas. Algumas pessoas também passavam por ali. A gente estava conversando sobre o que ia escolher para a melhoria no bairro. A gente podia escolher três coisas apenas.

Nisto veio vindo descendo do céu uma pequena luz brilhante. Era como papel queimado, quando a gente coloca fogo e saem pedaços deles levados pelo vendo, sem fogo, mas com a brasa nas bordas. Esta pequena luz do tamanho deste pequenos pedaços de papel que saem voando com o fogo, desceu bem no meio da gente que estava ali discutindo onde queríamos as melhorias no Bairro.

Ao cair, esta pequena luz se transformou em um homem. Ele era um ET e estava ali para atender três pedidos que a gente fizesse, mas só podia ser para melhorias em alguma coisa de uso comum. Ele perguntou o que a gente ia querer. A Paula disse que queria um viaduto ligando o Bairro Esplanada ao bairro que tem logo depois. Eu discordei dizendo que tinha que ser só para nosso bairro. O ET disse que  agente precisava decidir logo porque ele tinha que ir embora.


Então o Ricardo e a Paula disseram que ia levar este ET até o que eles queriam que ele fizesse. Assim fomos em direção ao centro da cidade. Neste local que seria a travessia da linha do trem, pouco a frente de onde a gente estava, já como se estive na Avenida Antônio Olímpio de Morais, tinha uma espécie de tanque com água. Este tanque seria o local por onde passava um ribeirão, mas ali ele ficava cheio e era bem fundo. Havia uma parede de concreto no início deste tanque, outra no meio e outra no final dele. Havia também outra parede de concreto no meio no sentido do comprimento.
Este tanque deveria ter uns vinte metros de largura e a parte que a gente tinha que atravessar deveria ter uns dez metros de comprimento. Estas paredes de concreto não deveriam ir até o fundo deste tanque, uma vez que o ribeirão passava por baixo, mas deixava o tanque sempre cheio. A água ficava rente a parede de concreto que estava do lado do Bairro Esplanada. Já na parede do concreto que passava no meio, ficava uns cinquenta centímetros acima do nível da água e a parede de concreto que ficava do lado de centro, ficava um metro acima do nível da água. Isto porque a Avenida Antônio Olímpio de Morais, que partia dali, era um pouco íngreme até a Rua Pernambuco. 



A gente entrou dentro daquele tanque, para ir para o centro. Eu fui segurando na parede de concreto que tinha no meio do taque, no sentido bairro / centro, porque não sei nadar. Quando chegamos na parede de concreto do meio do tanque, não foi difícil para mim pular ela. Mas quando chegamos na parede de concreto do lado do centro, que fica a um metro acima do nível da água, eu não estava conseguindo subir.



Como não sei nadar, não pedia soltar a mão da parede de concreto. Segurando na parede do lado do centro, fiz força para subir e depois deixei meu corpo descer na água e subi mais alto um pouco. Fui fazendo isso para que meu corpo fosse o mais alto possível e assim eu conseguiria subir naque parede de concreto e atravessá-la. Mas eu estava com medo de não conseguir e já estava conformando que iria me afundar quando no último impulso eu disse seja o que Deus quiser. 



Com dificuldade e machucando os joelhos eu consegui subir naquela parede a atravessar para o centro da cidade. As pessoas que estavam comigo já tinha ido com o ET para onde queriam e eu já não os viam mais. Então fiquei ali esperando eles voltarem. Se demorassem eu voltaria para o Bairro Esplanada
Ir para o bairro era fácil e não tinha risco de me afogar.



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