quinta-feira, 18 de julho de 2019

O HOMEM DA CORRENTE





Haviam duas ruas íngremes e paralelas que partiam do pé do morro e terminavam quase juntas no topo do morro, fazendo um triângulo. No topo deste morro onde as duas ruas quase se encontravam tinha uma parte plana de uns dez metros de comprimento. Ali era o ponto do ônibus de rua. O terreno que havia entre as duas ruas e formava um triângulo, não tinha construção, só mato e algumas árvores.


Subia por uma destas ruas e chegando no topo fui esperar pelo ônibus que passaria ali. Só que no ponto do ônibus tinha um homem sentado em uma cadeira, de frente para as costas da cadeira e virado para onde o ônibus passaria. Este homem estava com uniforme do exército e acorrentado pelos pés em uma árvore que tinha atrás do ponto.



Parei e olhei para aquele homem acorrentado e ele me disse alguma coisa que não entendi. Então, peguei meu celular e mandei com toda força na direção dele. Sem mexer da cadeira, este homem pegou meu celular com muita facilidade e mandou de volta para mim, com muita força. Não sei como, mas consegui pegar o celular. Este homem então começou a me xingar. Então eu mandei o celular nele novamente. Ele pegou o celular e atirou em mim outra vez. 
Peguei o celular sem problemas e fiquei pensando com eu iria até o ponto do ônibus com aquele homem ali. Mas percebi que não precisava pegar o ônibus, porque tudo que o ônibus fazia era subir aquela rua por onde eu subi e descer pela outra. Então o ônibus só ficava circulando naquelas ruas que formavam um triângulo. E quem quisesse pegar o ônibus, tinha que subir a rua, porque só tinha aquele ponto lá em cima.



Com receio de ficar no ponto perto do homem acorrentado, decidi não pegar mais o ônibus e fui descendo a rua de volta


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