Estava no estacionamento que pertence ao Santuário de Santo Antônio. A Nathalia era quem administrava aquele estacionamento. Era noite. Eu estava deitado em um sofá que tinha dentro do escritório e a Nathalia estava sentada a mesa. Nisto vi que no relógio da parede já marcava nove horas e meia em ponto. Então disse para a Nathália que a gente tinha que fechar rapidamente, porque o Santuário avisou que ia fechar tudo ali e se a gente demorasse a sair, ia ficar trancados lá dentro.
Nisto peguei vários cadeados para fechar os vários portões que tem ali e nos preparamos para ir embora. Nisto chegou uma moça na janela do escritório e disse que já estava fechando tudo ali. Eu disse para a Nathalia que tinha sido bem na hora, se a gente demorasse mais um pouco não teria como sair.
Sai fechando vários portões e fomos para o último portão que ficava no Bairro Esplanada. Ficava na rotatória que tem na Avenida Engenheiro Pedro Magalhães com Rua dos Ferroviários. Onde tem a locomotiva Maria Fumaça em exposição. Já estava bem escuro. Quando fui fechar o portão, um homem parecendo estar embriagado ficou no portão não deixando eu fechar. Pedi a ele para sair e ele saiu. O Ricardo estava do lado de dentro deste portão onde tinha um pequeno tanque de água.
Para fechar aquele portão era preciso usar os cinco cadeados que estava comigo. A gente ia fechando um cadeado no outro até fechar o portão. Eu não estava conseguindo fechar estes cadeados um nos outros. O Ricardo então veio me ajudar. A gente começou a fechar os cadeados quando o Ricardo foi até aquele tanque de água que tinha ali, e deveria ter uns três metros quadrados e um metro de altura. Tinha uns meio metro de água naquele tanque.
O Ricardo então deitou dentro daquele tanque deixando a água encobrir todo ele. Ficou deitado ali como se não tivesse água. Ele segurava os cadeados que faltavam para fechar o portão do estacionamento. A Nathalia e o Cândido que estava ali também, começaram a dizer para ele levantar dali, pois não estava respirando. Eu também disse para ele fazer isso, porque estava parecendo que ele era doido.
Então o Ricardo levantou e disse que precisava fazer aquilo, porque não se sentiu bem e aquela era a única forma dele melhorar. Terminamos de fechar o portão da garagem e fomos embora.
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