quinta-feira, 6 de maio de 2010

COM A BERMUDA POR CIMA DA CALÇA



Vinha pela Av. primeiro de Junho em direção a Rua Minas Gerais. Eu empurrava um carrinho que estava muito pesado. Nisto passou muito lentamente,em uma caminhonete F250, azul, o Toim Baleia dirigindo e o Zete ao lado. Quando passaram por mim, pararam, mas eu não queria falar com eles e continuei empurrando o carrinho. Eles deram marcha a ré e voltaram devagarzinho como estava indo. Fiz força o máximo que pude, para que não viessem falar comigo. Quando cheguei na Rua Minas Gerais, virei subindo a rua. Assim eles não conseguiriam falar comigo, porque seria contra-mâo. Deixei o carrinho ali, peguei uma mochila que estava dentro deste carrinho e coloquei nas costas. 


Quando atravessei a Av. Vinte e Hum de Abril, entrei numa loja. Havia algumas pessoas ali comprando roupa. Peguei uma bermuda e experimentei, colocando a mesma por cima da calça que eu usava. A bermuda serviu certinho. Então sai dali e fui indo embora. Quando cheguei em frente ao Pioneiro, lembrei que não tinha pago a bermuda. Fiquei pensando porque o alarme não tocou, sendo que na porta tinha alarme. Como estava com pressa, pensei em voltar lá depois, para pagar a bermuda. Coloquei a mão atrás da bermuda que eu usava por cima da calça e vi que as etiquetas estavam ali penduradas. Não importei com isto e fui embora. 


Quando virei na Av. Sete de Setembro, vi que ela estava diferente e em outro local. Fui andando e no final de cada quarteirão que eu passava, era como um tobogã. Eu ficava parado e ia escorregando, em pé, até o final, sem cair. Fiz isto três vezes. Depois vi que estava num bairro onde já estive antes. Havia uma pequena ruazinha que passando por ela, a gente ia até o centro. Mas lembrei de que todas as vezes que tentei passar por ali, nunca consegui chegar ao centro. Então decidi ir pelo bairro Esplanada. Vi alguns motoqueiros indo por aquela ruazinha. Pensei que seguindo eles eu poderia, desta vez, acertar o caminho. Mas preferi ir pelo Esplanada mesmo. 


Quando cheguei no Esplanada, já estava anoitecendo. Entrei na casa da minha mãe, cujo quintal estava todo inundado. Minha mãe andava dentro daquela água que ia até a cintura. Perguntei por que ela andava dentro da água. Ela disse que não tinha problema algum. Depois me perguntou se eu queria comprar uns biscoitos, que a Valéria estava vendendo. Ela disse que ela mesma fazia. Eu disse que não gostava de nada caseiro, só comprava produtos industriais. Sai dali e fui para minha casa, ainda com a bermuda vestida por cima da calça jeans.


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