segunda-feira, 6 de agosto de 2018

PAGAMENTO DA ACADEMIA





Fui até a academia onde a Nathália malhava, para fazer o pagamento da mensalidade. Era noite. A academia fica na praça da Catedral, em uma de suas esquinas. Entrei na academia e no balcão do atendente havia um grande vidro fosco que ocupava todo o balcão, em baixo deste vidro havia uma pequena abertura por onde se entregava o dinheiro e recebia o recibo.


Cheguei e mesmo sem ver se tinha alguém do outro lado do vidro, porque não tinha como saber, disse que tinha ido pagar a mensalidade da Nathália. O atendente então jogou por essa abertura uma caneta e um talão de cheques dizendo que era só eu assinar o cheque. Então quis entender o que estava acontecendo:
__Pra que esse cheque?
__Eh só você assinar e faremos o pagamento. 
__Mas este cheque não pode ser meu, não tenho conta corrente, minha conta eh Poupança.
__Pode assinar sem problemas.
Sai e fui ver se a Nathália estava me esperando onde eu tinha deixado. Era do outro lado da esquina. Havia um passeio prolongado e algumas grandes cercando o passeio, foi onde eu a tinha deixado. Disse para ela continuar ali me esperando e que não era para sair dali. Voltei para a academia e fui falar com o atendente novamente. Quando cheguei próximo da abertura do vidro, o atendente jogou vários maços de dinheiro por ela.
__Que dinheiro eh esse? - Perguntei - 
__Eh o troco do cheque que você assinou e nós sacamos. Tem vinte e hum mil e seiscentos reais ai.
__Mas esse dinheiro não eh meu. Primeiro porque não tem cheques e nem conta corrente e segundo eu não assinei nada.
__Pode pegar e levar porque eh seu o dinheiro.
__De jeito nenhum, nem tenho esse dinheiro todo na poupança, não verdade não tenho nem dez reais lá. - E sai da academia deixando o dinheiro que o atendente jogou pela abertura do vidro.



Fui procurar a Nathália e não a encontrava onde deixei. Sai meio que desesperado procurando por ela. Fui pela Avenida Divino Espírito Santo correndo e chamando o nome dela. Corri dois quarteirões e voltei para onde a tinha deixado. Ao gritar o nome dela perto das grades do passeio, ela me respondeu. Ela tinha se afastado dali, mas continuava na avenida Osvaldo Machado Gontijo. Reclamei com ela ter saído de onde a deixei e seguimos para nossa casa.






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2 comentários:

  1. Gostei .
    Surpreendente o final e muito louco como tudo nesta vida

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