terça-feira, 28 de maio de 2019

A PORCENTAGEM





Estava indo de carro para fazer o serviço de monitoramento da qualidade do ar em uma empresa. Dirigia pelas ruas da cidade. O Tiago estava comigo como ajudante. Chegando na empresa, a pessoa que me atendeu disse que eram cinco chaminés que eu deveria medir. 


Fiz a medição em duas chaminés e fui embora, pois era hora do almoço. Deixei o Tiago na casa dele e disse que por ser sábado a gente não trabalhava depois do almoço. Fui até um local que seria a empresa onde eu trabalhava, nas proximidades do Santuário de Santo Antônio, onde estava o Bartô, que era um dos donos da empresa que eu trabalhava e outras pessoas conversando. Fui até o Bartô e disse que precisava falar com o outro dono da empresa. 



O Bartô então disse para eu ligar do meu celular. Eu disse que não tinha crédito, como sempre. Ele então me emprestou o celular dele dizendo para eu ser rápido porque os créditos dele também estavam acabando. Disse que ia deixar então, porque podia demorar e depois eu falaria com o sócio dele.



O Bartô me olhou meio intrigado e perguntou se eu não deveria estar na empresa fazendo o monitoramento da qualidade do ar. Que eram cinco chaminés para eu monitorar. Ele disse que eu deveria retornar só depois de terminado o serviço.
Disse a ele que já tinha feito. Ele me olhou assustado e perguntou como eu tinha feito cinco monitoramentos na parte da manhã. Disse a ele que tinha feito dois monitoramentos só, porque era sábado e a empresa iria abrir só segunda de manhã. 



O Bartô começou a reclamar, dizendo que assim não dava, que nunca ia conseguir ter lucro e que iria sair da empresa e iria mexer com fazenda, que fazenda dava lucro. Fiquei pesando que eu não tinha certeza que a empresa fechava sábado depois do almoço, pois eu nem tinha perguntado. Pensei em voltar, mas já tinha deixado o Tiago na casa dele e dito a ele que só ia trabalhar segunda de manhã, então desisti de fazer isso. Mas fiquei pensando se eu não deveria tentar ir terminar o serviço, mesmo que sozinho.




Nisto o Bartô me mostrou uma planilha onde havia várias colunas com números, mas eu vi apenas a central, as outras pareciam embaçadas, e nesta coluna central dizia ser de 2,8% o lucro de um fazendeiro. Então disse ao Bartô que aquele lucro não era nada  e que ele iria ganhar menos que ganhava naquela empresa de meio ambiente onde eu trabalhava e ele era sócio.

Mas ele insistia em ser fazendeiro porque, 2,8% de muito eh muito e 35% de pouco eh pouco. Fui embora dali.


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IRMÃOS

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