Estava em cima de um ônibus, deste bem antigo. Ele estava parado em cima dos trilhos da ferrovia que divide o Centro da Esplanada. Em cima deste ônibus tinha uma grade alta de proteção, contornando todo ele. Eu estava pendurado, balançando nesta grade. Não passava carro e nem pessoas. Nisto a Rita chegou com uma criança de uns dois anos. Ela me deu um envelope e disse que era o dinheiro que ela estava me devendo. Eu disse que nem lembrava mais daquele dinheiro que seria para eu pagar o aluguel.
Nisto o ônibus começou a andar, saindo de cima dos trilhos. Eu disse para a Rita que aquele ônibus andava no sentido contrário, que ele iria pela Rua Sergipe e passava em frente à casa dela, na Rua Mato grosso. (Na verdade, ela mora no Porto Velho). Nisto a criança desceu do ônibus e começou correndo, subindo a Avenida Antônio Olímpio. A Rita desceu e foi atrás dela. O ônibus fez a manobra e parou naquela ruazinha que vai dar em baixo da ponte que liga o Bairro Esplanada ao Centro. O Motorista desceu e disse que só iria sair no horário correto. Eu continuei pendurado na grade, em cima do ônibus, balançando.
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