domingo, 21 de abril de 2019

A VALETA





Estava anoitecendo. Estava em um local aberto onde havia uma parede de uns dois metros de altura por uns vinte metros de comprimento. Nesta parede havia um zíper gigante em toda sua extensão. Este ziper tinha aberto até pela metade mais ou menos e havia uma pessoa tentando fechá-lo, mas como ele era muito pesado esta pessoa não estava conseguindo. Então eu fui ajudar.

Fiquei tentando fechar o ziper, mas devido ao próprio peso ele tinha separado uma parte da outra. A parte de cima estava praticamente reta, pois estava presa dos dois lados desta parede, mas a parte de baixo tinha formado uma grande "barriga". E por mais força que a gente fizesse puxando o fecho do zíper, não conseguia fazer com que ele fosse fechando.

Este zíper fechado mantinha também fechado um canal que havia a uns cinco metros deste zíper e tinha o mesmo comprimento. Como o zíper estava abrindo, a tampa deste canal também estava, pois o zíper que a mantinha fechada. Continuamos tentando fechar o zíper gigante, mas a gente não conseguia fazer ele se mover de jeito nenhum.

Nisto vi três gatos saindo de uma tampa quadrada que tinha sobre aquele canal. Este três gatos vieram andando em pé sobre as duas patas traseiras e pareciam meio que arrepiados. Uma pessoa que estava vigiando aquela tampa que estava abrindo devido ao zíper ter aberto, agradeceu aos três gatos por terem regurgitados e alimentado com isso, os animais que viviam dentro daquela valeta. 
Como a tampa desta valeta, ou canal, não era interiça, era dividida em vários tamanhos de uns dois metros cada, mais aquela tampa quadrada onde os gatos entravam e saíam, apenas uma delas estava abrido devido ao zíper aberto. Então eu larguei o zíper e fui tentar impedir que a tampa se abrisse. Mas ela já estava quase que totalmente aberta. Mas isso não era o problema.


O problema era que a tampa de cima abrindo, ela girava o fundo da valeta como se fosse aquelas traseiras dos caminhões de lixo, quando vão jogar o lixo que estão na caçamba atrás dela para dentro do caminhão. E como isso jogava também todos os animais que estivessem ali, para debaixo do fundo da valeta, que era um compactador de resíduos.


Sentei na beirada da valeta, coloquei os pés na tampa do fundo e fui tentar impedir que ela continuasse a girar e com isso jogar os animais para a parte de baixo do fundo. Nisto vi que ali tinha um jacaré que já estava sendo levando para a parte de baixo, e outros animais parecidos com lontra, capivara, mas todos pequenos.


Forçando a tampa, mas sem estar conseguindo segurá-la, pedi por ajuda e veio uma pessoa e disse que só o zíper podia segurar a tampa. Pedi a pessoa que falou comigo que me ajudasse a tentar ao menos, mas ela disse que eu iria só sujar o meu tênis. Eu disse que o tênis eu lavaria e não teria problema. Mas enquanto eu fazia força, a tampa do fundo empurrou meus pés e virou levando todos os bichos que tinham ali para baixo dela.


Levantei e fui embora dali chateado por não ter conseguido impedir a tampa de girar.




DA JANELA DO TREM VOCÊ CONHECE O MUNDO


CORTEZ - A MÁQUINA

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