Estava vindo em direção ao Bairro Esplanada com uma caixa de papelão nas mãos. Esta caixa de papelão era quadrada e comprida. Tinha uns dois metros de comprimento e vinte centímetros aproximadamente cada uns dos quadro lados. Dentro desta caixa havia roupas que eu deveria entregar para uma pessoa que trabalhava na rede.
Uma mulher havia me pedido para levar estas roupas para um homem que trabalhava na rede, ali bem na travessia da linha que liga o Bairro Esplanada ao centro da cidade. Quando cheguei na travessia da linha, uma moto veio vindo em minha direção e não virou nem para o Bairro Esplanada e nem para o Centro. Ela seguiu em frente trafegando naquelas pedras que são colocadas nos dormentes que sustentam os trilhos da ferrovia.
Fiquei olhando aquele motoqueiro indo por aquele caminho que geralmente só pedestres passam, quando veio outra moto e com uma pessoa na garupa, e seguiu o mesmo caminho da primeira moto. Fiquei olhando ele pilotando por entre as pedras, a moto balançando muito, mas ele se mantinha de pé.
Fiquei pensando que indo por ali eles deveria cortar caminho. Continuei para dentro da ferrovia, no escritório que tem ali na travessia da linha. Fiquei pensando que se a roupa não servisse para a pessoa que eu estava levando, como ele iria mandar de volta, já que eu dali iria para a casa da minha mãe que fica ali próximo, na entrada do Bairro Esplanada.
DA JANELA DO TREM VOCÊ CONHECE O MUNDO
IRMÃOS
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