Eu não conseguia entender como o carro estando em alta velocidade nunca chegava onde a gente queria, se o destino estava tão pert
Estava dentro de um carro no banco do carona. Eu não me via, não via o carro nem a pessoa que dirigia. Via somente a rua por onde o carro passava. Como se fosse uma imagem de uma câmara de vídeo filmando o percurso que o carro fazia. A gente estava na rua do Bairro Esplanada, que dá acesso a ponte do centro. Nisto o carro veio vindo da direção da padaria do Milton, para a ponte do centro. Parou em frente à Rua Mestre Rangel. Veio um carro em alta velocidade, da Rua Mestre Rangel, e virou na rua da ponte. Depois ele virou a direita, numa rua que o levava de volta a Rua Mestre Rangel.
Mas aquele procedimento era proibido. Fiquei pensando que os motoristas não respeitavam nenhum sinal. Nisto o carro que eu estava foi indo em direção a ponte, depois deu meia volta e foi em alta velocidade, em direção a padaria do Milton. A distância de onde eu estava até a padaria é de apenas um quarteirão, e há casas dos dois lados desta rua, que é estreita. Mas quando olhei para o lado direito, não havia casas, e sim uma floresta, e logo abaixo da gente, um grande abismo. Eu não conseguia entender porque o carro corria tanto e nunca chega à praça onde ficava a padaria.
Mas ele continuava aumentado à velocidade e eu torcendo para que chegasse logo e assim não corria o risco de cair no abismo. Continuava vendo somente a rua, que parecia passar numa velocidade muito alta. Via o abismo e as casas do outro lado. Enfim, o carro chegou à rua da praça, onde estava a padaria do Milton. Como eu não me via no carro, não tinha como descer. Nisto o carro voltou para o lugar de onde saímos. Isto vagarosamente.
Eu via as casas dos dois lados da rua. Parou no mesmo local. Fiquei pensando que ia começar tudo de novo. E que aquilo não estava acontecendo, eu via apenas um filme muitas vezes.
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