Estava dentro de um local que era uma sala de cirurgia. Esta sala era apenas uma sala comum. Havia duas mesas compridas, uma próxima a parede e a outra mais ou menos no meio da sala. Em cada mesa havia duas pessoas deitadas. Estas pessoas seriam operadas. Eu e outra pessoa que iríamos operar estas quatro pessoas. O cirurgião mestre que iriam acompanhar tudo estava nesta sala.
Ele parecia estar brincando. Eu estava com pressa porque queria ir embora logo para ver o jogo do Brazil. Este cirurgião mestre, de onde ele estava, pegou o álcool em gel e apertou o frasco, jogando álcool em gel em mim e na pessoa que estava comigo. Isto de longe. Jogou este álcool pra todo lado e em minhas mãos mesmo não jogou nada. Depois mandou a gente se posicionar para fazer a cirurgia.
Eu fui para a mesa do canto, mas ele me mandou ficar na do meio da sala. Não gostei porque eu poderia ficar nervoso por estar no meio da sala. Queria ficar no canto junto à parede. Mas ele não deixou. Começou a falar como usar o bisturi e como fazer o corte. Minha mão tremia e eu achava que não iria conseguir.
Mas depois pensei que não tinha nada de mais, que era só cortar e pronto. Não era eu que iria sentir dor e não ia acontecer nada comigo se não desse conta de operar aquelas pessoas. Mas o cirurgião mestre não parava de falar e eu queria ir embora porque o jogo do Brazil já ia começar.
Pensei em ir embora ver o jogo e deixar a cirurgia pra lá. Mas fiquei ouvindo o cirurgião mestre falar e parecia que ele não ia parar nunca.
DA JANELA DO TREM VOCÊ CONHECE O MUNDO
FAMÍLIA CORTEZ
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