domingo, 17 de novembro de 2019

RUA SEM SAÍDA





Estava correndo por uma rua descalça. Estava anoitecendo. Esta rua estava cheia de poça de água e lama. Corria pulando as poças de água, mas não tinha como escapar das lamas de barro.

Correndo, cheguei ao final desta rua onde tinha uma casa. Eu precisava passar por aquela casa. Nisto uma mulher, que seria a dona da casa, disse que eu teria que entrar pelo bueiro para sair do outro lado. No passeio que tinha em frente aquela casa, tinha uma entrada do bueiro, bem na sarjeta, como são nas cidades mesmo e são chamados de Boca de Lobo.

Eu teria que entrar dentro daquele bueiro e assim sairia no que seria a continuação da rua. Eu lembrava que já tinha visto uma pessoa passar por ali. Ela veio correndo e sem parar, segurou na beirada da sarjeta e colocou os pés para dentro do bueiro e escorregou para dentro dele.



Mas eu não queria descer ali de jeito nenhum, disse para a tal mulher que tinha que haver outro caminho. Mas ela dizia que aquela era a única passagem. Fui andando por aquele passeio e vi que havia um portão na lateral da casa. Perguntei aquela mulher se aquele portão não levaria para a continuação da rua.
Ela disse que não. mas eu entrei pelo portão assim mesmo, porque não tinha acreditado nela. Este portão dava para um lote onde havia muitas verduras plantadas. Couve, Alface, Tomate, Salsa, Cebolinha e outros. A tal mulher ficou dizendo que ali era a horta dela e que não tinha como passar por ali. Esta horta era fechada para o lado que seria a continuação da rua.



Então fui até o bueiro novamente e vi que não tinha outra alternativa. Entrei pelo bueiro, como lembrava daquela pessoa entrar, pelo pés. Fui escorregando como em um escorregador de toboágua. Cai no que seria a continuação da rua. Só que esta parte da rua não tinha chovido. O chão estava seco e nada de poça ou lama.



Então continuei correndo por aquela rua.



DA JANELA DO TREM VOCÊ PODE CONHECER O MUNDO





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