Estava em um local que era um grande terreno abandonado. Este terreno era todo irregular, cheio de matos, algumas trilhas e algumas construções. Tinha muro em sua volta, que estava em alguns trechos só a metade, outras partes, inteira, algumas partes quase que já não tinha muro. Parecia ser um antigo condômino que havia fechado.
As poucas casas que tinham estavam depredadas. Havia uma entrada que deveria ser a entrada dos carros. Não havia portão, somente os muros de ambos os lados. Eu vinha da casa da minha mãe, que morava do lado de fora deste terreno abandonado. Entrei neste terreno, indo em direção a uma casa que havia no meio dele. Eu iria ficar nesta casa, para conseguir inspiração, para escrever um livro para o Marcelo.
Quando ia em direção a esta casa, encontrei com três caras que pareciam ser moradores de rua e deveriam ficar em uma das casas destruídas. Ao passar por eles, um deles perguntou se eu não tinha nada de comer para dar a ele. Disse que não e fui indo embora. Na casa em que ia ficar, tinha muita coisa para comer, mas era tudo do Marcelo. Antes de começar a escrever alguma coisa, voltei até a casa da minha mãe.
Antes de chegar lá, encontrei com os três caras, que estavam ali. O que havia me pedido comida pediu novamente. Então disse a ele que podia vir comigo que eu iria dar a ele algo para comer. Voltando para a casa, vi o Marcelo que estava me esperando. Pedi ao cara que despistasse por ali, para eu ver se o Marcelo iria ficar ou iria embora, porque ele não gostava que desse nada dele para os outros.
Perguntei e o Marcelo disse que iria embora, mas não naquele momento. Então, sem o Marcelo ver, fiz o sinal para o cara que eu iria dar a comida, vazá dali, pois teria que esperar o Marcelo ir embora primeiro.
DA JANELA DO TREM VOCÊ CONHECE O MUNDO
FAMÍLIA CORTEZ
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