A Iara
Sai de minha casa com um balde pela metade com tinta amarela. Fui até a casa do Sr. Ary procurando pela Iara que deveria estar lá. Quando fui chegando na casa do Sr. Ary vi que o portão da garagem do barracão estava aberto, mas o da casa não. Fiquei na dúvida se eu chamava na casa ou já entrava pelo barracão. Quando decidi ir pelo barracão e caminhei em direção ao portão, o Sr. Ary saiu do portão. Então disse a ele que tinha ido buscar a Iara para ela voltar pra casa.
Mas ele não me deixou entrar dizendo que ela não queria ir. Então coloquei o balde de tinta no chão e virei para ir embora. Nisto o Sr. Ary me chamou e disse: _Pode ser que esta seja a última vez que você me vê na vida_ Depois abaixou a cabeça e sussurrou baixinho, acho que pra ele mesmo: _também, não tem ninguém na rua mesmo. Depois olhou para mim e completou: _Mas eu perdoou você.
Não disse nada e voltei para minha casa. Quando estava subindo a Rua Rio de Janeiro quase chegando na Avenida Sete de Setembro comecei a andar de gatinho.
Andava e ficava dizendo pra mim mesmo: _Toda vez que os meninos fazem alguma coisa que ela não gosta, vai para casa do pai. Os meninos não podem fazer mais nada, nem chorar, que ela vai logo pra casa do pai. Andava até rápido quando passei por duas pessoas que também subiam a Rua Rio de Janeiro e carregava mochila nas costas. Quando passava por eles, começaram a rir de me ver andando daquele jeito e, pegaram suas mochilas e colocaram em cima das minhas costas para eu carregá-las.
Reclamei deles colocarem as mochilas em cima das minhas costas, mas não as tirava dali e nem ficava de pé. Quando cheguei na esquina da Sete de Setembro, eles tiraram as mochilas das minhas costa e seguiram em frente na Rua Rio de Janeiro.
Eu virei a Sete de Setembro andando de gatinho e reclamando da Iara ir pra casa do pai por qualquer coisa que os meninos façam.
Mas ele não me deixou entrar dizendo que ela não queria ir. Então coloquei o balde de tinta no chão e virei para ir embora. Nisto o Sr. Ary me chamou e disse: _Pode ser que esta seja a última vez que você me vê na vida_ Depois abaixou a cabeça e sussurrou baixinho, acho que pra ele mesmo: _também, não tem ninguém na rua mesmo. Depois olhou para mim e completou: _Mas eu perdoou você.
Não disse nada e voltei para minha casa. Quando estava subindo a Rua Rio de Janeiro quase chegando na Avenida Sete de Setembro comecei a andar de gatinho.
Andava e ficava dizendo pra mim mesmo: _Toda vez que os meninos fazem alguma coisa que ela não gosta, vai para casa do pai. Os meninos não podem fazer mais nada, nem chorar, que ela vai logo pra casa do pai. Andava até rápido quando passei por duas pessoas que também subiam a Rua Rio de Janeiro e carregava mochila nas costas. Quando passava por eles, começaram a rir de me ver andando daquele jeito e, pegaram suas mochilas e colocaram em cima das minhas costas para eu carregá-las.
Reclamei deles colocarem as mochilas em cima das minhas costas, mas não as tirava dali e nem ficava de pé. Quando cheguei na esquina da Sete de Setembro, eles tiraram as mochilas das minhas costa e seguiram em frente na Rua Rio de Janeiro.
Eu virei a Sete de Setembro andando de gatinho e reclamando da Iara ir pra casa do pai por qualquer coisa que os meninos façam.
Os Meninos
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