segunda-feira, 28 de outubro de 2019

A ESTRADA DA MONTANHA





Estava entrando em um ônibus onde já estavam algumas pessoas e um irmão meu. Este ônibus saiu por uma estreita estrada de terra que ficava no alto de uma montanha.

No alto desta montanha tinha um bairro da cidade. A gente estava saindo deste bairro para outro que ficava no pé da montanha. Depois que o ônibus andou um pouco, o motorista ficou dizendo que não ia conseguir descer aquela montanha pela estrada de costume. Que seria melhor dar a volta. Iria demorar mais um pouco.

Eu estava em pé, na frente do ônibus, próximo ao motorista. O ônibus tinha a frente e o piso onde fica o motorista até a porta do ônibus, todo de vidro transparente. Assim eu podia ver a estrada em baixo dos meus pés. O Motorista foi fazer uma manobra para virar o ônibus naquela estreita estrada. Quando ele foi fazendo isso, pude ver a ribanceira que era de onde a gente estava até o bairro lá em baixo.



Achei aquela descida muito íngreme, mais parecendo um abismo. Mas fiquei pensando que se o motorista já desceu ali outras vezes, deveria saber o que estava fazendo e dentro do ônibus, acreditei que a gente estava protegido. Quando acabou a manobra e o ônibus parou rente aquela descida do morro, fiquei imaginando que a estrada poderia ceder e a gente iria ribanceira abaixo. 
Então, por aquele piso de vidro, vi que as rodas do ônibus não ficavam rente a lateral do ônibus como são realmente. Elas ficam mais para o centro do ônibus, como se fossem rodas de trem de ferro. Fiquei mais tranquilo, pois as rodas estava longe da beirada daquela ribanceira.



O motorista disse que indo pelo outro caminho, ele não iria parar para ninguém descer por qualquer motivo fosse. Então vi que em meu bolso estavam as chaves que meu irmão tinha me entregado para passar para outra pessoa. O ônibus deveria parar em uma rua, eu desceria e entregaria a chave para esta pessoa e voltaria para o ônibus, mas com o motorista dizendo que não ia parar, eu não poderia fazer isso.



Olhei e vi meu irmão sentado nos fundos do ônibus e pensei em dizer a ele que não teria como entregar a chave, mas depois desisti, pois o motorista podia mudar de ideia. O Motorista então foi indo pela estrada, sem descer a ribanceira, conforme ele disse que seria melhor.
Então, pelo vidro da frente do ônibus, pude ver que o caminho não era ribanceira abaixo, pois tinha uma estrada que saia dali e ia acompanhando a montanha e descendo aos poucos, o que seria normal descer por ali. Não era em linha reta até lá em baixo. Mas o motorista seguiu pela estrada alternativa.








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FAMÍLIA CORTEZ

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