sábado, 16 de novembro de 2019

PAGANDO AS CONTAS ANTECIPADAMENTE





Era noite. Estava em uma praça onde havia algumas pessoas. Eu pensava em gastar o dinheiro que eu tinha na carteira, comprando alguma coisa pela internet. 


Depois pensei bem e decidi que deveria pagar minhas contas primeiro. Então decidi pagar para a Valéria algumas prestações que eu devia a ela. Eram duas prestações de cinquenta reais cada, que venceriam em dezembro. Então fui rapidamente, para dar tempo, até o final daquela rua. Chegando no final da rua vi que o ônibus ainda estava estacionado lá.



Fui até este ônibus e o motorista ainda estava do lado de dentro e ao lado da porta da frente do ônibus. Ali dentro deste ônibus funcionava um caixa de banco. O motorista era o caixa. Havia um vidro, como nos caixa de banco convencionais, com uma abertura para a gente fazer os pagamentos ou qualquer outro serviço bancário.



Peguei meu celular e disse ao motorista, que estava atuando de caixa naquele momento, que eu queria fazer uma depósito para a conta da Valéria. Peguei meu celular para ver o número da conta, pois ela tinha enviado para mim a conta que eu tinha que fazer o depósito. Quando olhei, vi que a conta era de uma tal de Joice. Então imaginei que a Valéria queria que o deposito fosse feito naquela conta. O motorista me perguntou de qual banco seria a conta. Eu disse que ela não tinha dito, mas deveria ser da Caixa Econômica Federal
Abri minha carteira e fui procurar por entre muitas notas de dois reais que eu tinha, duas notas de cem reais. Enquanto procurava, disse ao motorista que elas eram muito parecidas, por isso tinha que olhar com cuidado. Encontrei as duas notas de cem reais, que estava meio amassadas, e entreguei ao motorista, dizendo que queria depositar os duzentos reais, para pagamento das prestações de dezembro e janeiro.



Eu queria pagar janeiro de uma vez, pois sabia que em janeiro eu estaria apertado para pagar as contas. Nisto o trocador do ônibus pegou as duas notas de cem com o motorista e foi ver se elas eram verdadeiras. O trocador foi até onde ele fica na catraca, passou alguma coisa pelas notas e disse ao motorista que elas eram verdadeiras. 



Então fui indo embora e o ônibus começou a fazer manobra para voltar pela rua, uma vez que ali era o final dela. Eu ia caminhando quando lembrei que não tinha pego o recibo do depósito. Fiz de voltar, mas o ônibus já tinha acabado de fazer a manobra e estava indo pela rua. Fui correndo atrás dele. Ele parou em uma esquina. Cheguei no vidro e fiz sinal com as mãos, simulando um quadrado, para o trocador entender que eu queria o recibo do deposito.

O trocador então apontou para o motorista que vinha andando calmamente em nossa direção. Eu não sabia como o ônibus sem motorista tinha rodado até aquela esquina. O motorista chegou perto de mim, sem falar nada, apenas com o rosto sorridente, como ele estava quando fui fazer o deposito, tirou do bolso da camisa o recibo e me entregou.

O motorista subiu no ônibus e foram embora. Eu fui em direção a uma casa. Cheguei nesta casa e bati na porta da sala. Havia muitas pessoas conversando lá dentro. Quando abriram a porta, perguntei por uma pessoa. Era uma moça. Ela veio até mim e eu dizendo baixinho, para que ninguém ouvisse, que eu precisava do celular dela emprestado, pois tinha que mandar uma mensagem para a Valéria. 

Esta moça pegou o celular e quando foi me entregar, disse que ela mesmo podia mandar a mensagem para mim. Dizendo que eu tinha depositado na conta da Joice duzentos reais, referentes a duas prestações de cinquenta reais dos meses de dezembro e janeiro. Que eu tinha pago janeiro antecipadamente porque sabia que ia ficar sem dinheiro no início do ano.


Depois de pedir isso a esta moça, fui embora dali



VOCÊ PODE VER O MUNDO DA JANELA DO TREM



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