domingo, 4 de dezembro de 2011

O ESQUISITO COM SACOLAS


Estava indo por uma rua com quatro sacolas na mão. Cheguei ao encontro da Rua Minas Gerais com Avenida Primeiro de Junho. Ali, tinha uma espécie de palanque, que deveria ter uns cinqüenta centímetros de altura. Parei ali com as sacolas nas mãos, e comecei a me perguntar por que tinha trago aquelas sacolas. Olhei dentro delas e vi que em uma estava o fone de ouvido do computador. Fiquei imaginando que o Fernando não tinha como ouvir som no computador e talvez ele estivesse me ligando no celular, mas eu poderia não estar com ele. Olhei em meu bolso e vi que o celular estava lá. 


Coloquei as sacolas em cima deste palanque e comecei a olhar tudo que tinha lá dentro. Havia algumas pessoas em cima daquele palanque conversando. Olhei minhas sacolas e não vi nada que me interessasse. Vi uma carreta vindo na Rua Minas Gerais. Imaginei que ela fosse passar por ali, em cima do palanque, que então era melhor eu sair dali logo. Mas ela tomou outro rumo. Peguei minhas sacolas para ir de volta para casa, e deixá-las lá. 


Nisto ouvi dois homens que conversavam em cima deste palanque, dizendo: “ele tem uma cara esquisita” “ele é muito esquisito”. Fiquei imaginando que eles estavam falando de mim. Imaginei meu rosto como era, e não vi nada de esquisito nele. Pensei que ao chegar na minha casa, iria olhar no espelho para ver se eu era esquisito mesmo.




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