Estava no que seria o alpendre da casa da minha mãe. Só que ele estava do lado contrário ao que eh. Estava atrás da casa. Nisto vi algumas pessoas chegando com o Kauâ, filho da Paulinha, que tem seis meses, no colo. Foi até estas pessoas, que eram três mulheres. O Kauâ tentou vir no meu colo. Mas as três mulheres não deixavam. Então o peguei assim mesmo e fui até um portão grande, tipo garagem, com as mulheres atrás de mim. Neste portão havia uma tranca que ficava no alto dele. Não conseguia abrir a tranca. Então o Kauâ pulou dos meus braços no portão e foi subindo até esta tranca e a destrancou.
As mulheres o pegaram e foram embora. Voltei para aquele alpendre, sentei num canto. Havia duas outras pessoas ali. Nisto este alpendre começou a encher de água. E a água começou a escorrer pelo corredor de trás da casa. Era muita água, como se estivesse arrebentado uma tubulação de água da Copasa. O nível da água chegava até meus joelhos. Fui pelo corredor para tentar saber de onde vinha a água. Nisto, a água que escorria, atingiu alguns brinquedos de plásticos que estavam naquele corredor. Eram bonecos tipo soldados, boneca e carrinhos. Ao serem atingidos pelas águas, eles ganharam vida e vieram na minha direção.
A boneca ficava dizendo para me pegarem. Os soldados de brinquedo vinham atrás de mim. Quando passei pela janela de um quarto que dava para o corredor, havia outros brinquedos na janela que se atiraram em cima de mim. Com o susto, cai no chão, naquela correnteza de água que vinha do alpendre. Os bonecos de brinquedo pularam em cima de mim. Tentava tirá-los de cima de mim, mandando-os longe, mas cada vez vinham mais brinquedos me pegarem. Com dificuldades levante e sai correndo dali. A boneca dizia que era para me seguirem e me segurar.
Sai pelo portão da casa e lá fora pude ver a água que corria pela sarjeta. Andando nesta água vinham cada vez mais brinquedos de plásticos, a maioria tipo soldado. Esta água que corria, caia em um bueiro, de onde vinham os brinquedos. Todos os brinquedos que foram jogados fora e foram para no esgoto, ganharam vida com aquela água que saia do alpendre e, não sei por que, queriam me pegar. Continuei correndo rumo a um matagal que havia ali perto.
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