Foram vinte e duas trombas d'água que caíram seguidamente e o Santuário foi o único local onde a água não atingiu
Estava na Rua Minas Gerais, esquina com a Avenida 21 de Abril. Estavam comigo o Fernando e a Nathália. Chovia torrencialmente. A enxurrada corria velozmente pela rua como se fosse um rio. Disse aos dois que fôssemos rapidamente até o santuário, porque ele era alto e a água não chegaria até lá. Nisto a enxurrada veio arrastando uma grande árvore. Voltamos rapidamente até a Rua Minas Gerais para que a árvore não nos atingisse no passeio. A velocidade que a árvore vinha na enxurrada foi tanta que ela bateu na banca de revista que tem na esquina, arrancando-a do lugar e foi arrastando-a.
Voltamos para Avenida 21 de Abril, andando com dificuldade no passeio, pois a água vinha velozmente e já estava atingindo nosso joelho. Conseguimos chegar ao Santuário, subimos a rampa e entramos pela porta lateral. Lá dentro disse aos dois que ali a gente estava seguro. Havia algumas pessoas lá dentro. A Nathália começou a chorar dizendo que a água ia entrar no Santuário e iria levar todos que estavam ali. Garanti a ela que não deixaria isto acontecer. Ela e o Fernando ficaram agarrados em mim. Fomos até a outra porta lateral, que dá para a Praça do Santuário. Ali, a Rua São Paulo parecia um rio em alta velocidade.
Esta enxurrada só não entrava no Santuário, porque a Praça é mais baixa e a água caia de lado na praça. Olhei a chuva e vi que não caia como uma chuva normal. Era como se fosse uma torneira aberta. A água descia das nuvens como se fosse torneira. Olhei a Praça do Santuário e ela já havia desaparecido debaixo d’água. A água foi subindo tão rápido que começou a aproximar da porta lateral do Santuário. A Nathália foi ficando desesperada. Então disse a ela que a chuva já estava passando, pois o barulho dela caindo, já estava diminuindo.
Nisto a chuva começou a diminuir mesmo. Então disse aos dois, que a Rua São Paulo era uma descida, e assim, a água iria escorrer bem rápido e a gente poderia voltar para casa. Ficamos na porta lateral do Santuário, vendo a água ir baixando e a Praça começando a aparecer. Nisto, alguém que estava dentro do Santuário, disse que haviam caído 22 trombas-d’água de uma única vez. Depois que a água baixou nós voltamos pra casa.
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