Estava no Bairro Esplanada. Próximo onde está hoje o monumento aos ferroviários, a locomotiva Maria-Fumaça. Só que esta locomotiva não estava ali. Tinha um muro comprido que acompanha a rua até aproximadamente onde esta a escola. Depois este muro fazia um vão para dentro do que seria a rua Engenheiro Benjamim de Oliveira, no sentido de quem vai para o Bairro Belvedere, de uns dez metros. Depois seguia na direção anterior por uns vinte metros e voltava ao nivel da rua que ele vinha anteriomente e ai seguia em direção as oficinas da ferrovia.
Este vão que o muro formava, ficou parecido com aqueles locais onde as pessoas ficam esperando o onibus, só que bem grande. Havia um só banco naquele ponto mais fundo do muro e bem no meio daqueles vinte metros de muro que seguiam no fundo. Eu estava sentado naquele banco, sozinho, olhando a rua que passava em frente, parecendo desolado, quando vi o Alex e seus dois filhos passarem. Quando o Alex acabava de passar, ele olhou para a direção onde eu estava. Imaginei que ele não tinha me visto.
Nisto ele voltou, chegou na beirada onde o muro fazia aquele vão e me perguntou o que eu fazia ali. Disse a ele que eu não podia ir para casa de niguém, que eu tinha que ficar isolado e sozinho, por isso estava ali naquele espaço afastado. Ele então saiu e foi embora e eu fiquei sentado naquele banco olhando a rua que passava a frente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário